Mercearia Paraopeba: Bons mestres, melhores discípulos

Esse vídeo nostálgico sobre a Mercearia Paraopeba, lá de Itabirito/MG, me trouxe boas sensações e ainda resgatou a simplicidade que se perdeu nos corredores dos grandes supermercados.

Lembrei dos tempos na minha pequena Urussanga, onde tínhamos na “Venda do Seu Lúcio” um dos poucos locais para comprar mantimentos de primeira necessidade. Que, naquela época, era suficiente para qualquer pessoa que morasse em uma cidade do interior.

Arroz, feijão e milho eram dispostos em sacos grandes no chão onde, sem nenhuma cerimônia, enfiávamos as nossas mãozinhas de criança dentro deles para sentir o geladinho que havia lá embaixo.

E era em um caderninho de anotações, todo amarrotado, que nossas compras no fiado, eram marcadas. Naquela época, o nome e a palavra tinham valor e por isso ninguém deixava de pagar.

Lembro ainda, do pão enrolado em papel craft vermelho, das balas dispostas em saquinhos do mesmo papel, que antes de chegar em casa já tínhamos devorado todas.

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A maioria dos produtos eram comprados de produtores da região, somente alguns como açúcar, querosene e óleo é que vinham da cidade grande. Dessa forma, pequenos produtores da região eram valorizados.

Locais assim, com história, que passa de pai para filho,  é algo que pouco se encontra hoje em dia, foram engolidos pelos grande redes de supermercados. Mas, como diz o dono da Mercearia Paraopeba Sr. José Augusto de Almeida: “Bons mestres, melhores discípulos”.

Que a Mercearia Paraopeba se perpetue por muitas e muitas gerações. Sempre desse mesmo jeitinho!

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Este post tem 6 comentários

  1. Saudades da vendinha no Cocal, quando passava as férias na casa da Nona…comprava balinhas na Mercearia.beijos

  2. Oi Léia. Não sabia do seu blog. Gostei muito. Foi um passeio muito agradável por ele.
    Estarei sempre aqui a cada nova postagem.
    Um abraço!

  3. Gislene

    Isso me fez lembrar da venda do seu Manuel, um senhor baiano que vendia fiado no meu bairro. O esquema era o mesmo : marcava na caderneta e no fim do mês pagávamos … Era uma época mais difícil, não dava pra comprar tudo que queria e não havia tanta variedade como hoje … Por isso que éramos mais esbeltos . Muito poéticas esses tipos de mercearias, vendas … Me trouxe nostalgia de um tempo que não volta mais …

    1. Léia Cook

      Oi tb Gislene, me deu uma nostalgia incrível, já vi umas 4 vezes esse vídeo.

      bjsss

  4. Você proporcionou não só uma viagem no tempo, mas também a grata constatação de que ainda existe esse tempo. Valeu Leia!

    1. Léia Cook

      Realmente é uma delícia ver que alguém ainda preserva esse tipo de comércio….bjss e boa semana

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