Está na moda?

Há uns 30 anos, todos pintavam suas casas na cor branca com as janelas em outra cor contrastante. A minha rua inteira era uma monotonia só. Quando pintei a minha de rosa antigo, senti que houve um buchicho na rua, minhas amigas riram de mim, como se aquilo fosse algo muito estranho.  Não moro mais lá, mas sei que hoje a  rua está bem mais colorida.

Sempre me incomodou muito o “está na moda”. Como se isso fosse uma obrigação.

É muito chato estar provando uma roupa  numa loja e ouvir a vendedora dizer: “está na moda, todo mundo usa”. Pronto, se todo mundo usa, não quero mais essa roupa. Afinal, já passeia da adolescência e não preciso mais ser igual a todo mundo para ser aceita. Essa modinha é muito chata: é um tal de “maria-vai-com-as-outras” irritante.

Decoração então! Atualmente, você entra em uma casa e parece  estar num showroom. Falta graça, falta vida, falta a alma dos moradores. São casas totalmente sem personalidade. Pessoalmente, prefiro uma casa cafona, mas com a cara do dono, do que uma totalmente sem personalidade no estilo bege, para não enjoar.

Está na hora de reinventar, de ousar, de criar, de ficar atento a sua volta e ao  modo como você vive e consome. Precisamos ter mais a cultura do design, do faça você mesmo, do reaproveitamento e usar a moda como tendência a favor da nossa necessidade e não como puro modismo.

decoração na moda

É muito bom ter um olhar diferente sobre os objetos. Reinventar seu uso, sem preconceito, sem a pretensão de “parecer coisa de rico”, mas simplesmente de ser lindo ao seu olhar e apenas agradar a você. Afinal a casa é sua. Sinta-se livre para fazer como quiser.

Este post tem 4 comentários

  1. Anônimo

    Oi Léia, muito legal!!! Adorei a forma com que o design atende seus clientes, respeitando a individualidade de cada um. Acredito ser fundamental para agradar àquele que utilizará o ambiente no dia a dia. Gostaria de acrescentar também, que essa despretensão com o ter é essencial para que busquemos a conquista do SER, tão necessária para nosso crescimento como seres humanos. Obrigada, mais uma vez por compartilhar tuas buscas conosco, estão acrescentando muito no meu aprendizado. Beijos carinhosos, Sonia.

  2. Entonces, não consegui ouvir, meu computador está mudo, mas entendi. Concordo com o que vc escreveu, temos muitas coisas em comum querida.

    Sobre reciclar, anos atrás ouvi uma de um amigo que eu adorei:"Silvana eu adoro ganhar presente usado".

    Ele me dizia que achava o máximo, no seu aniversário, receber surpreendentemente aquele objeto de casa, lenço usado, acessório, perfume usado, enfim "objeto de desejo" que sua amiga tinha e que agora ela generosamente o estava presenteando.

    Dar ao nosso amigo, o objeto de desejo dele que nos pertence,se podemos nos liberar ( abrir mão de DESEJO é perigoso hehheh) ou outra coisa que temos em casa que é assim a CARA do nosso amigo aniversariante não é mais ecológico, sustentável, menos capitalista, mais carinhoso, mais reciclável, mais, mais, mais???.
    Ai Léia eu não aguento mais tanto tudo, tanto consumismo, tanto exagero, tanta superficialidade .

    Tenho feito isto com minha mãe que costuma guardar muitas coisas. Já falei: "Pro meu aniversário nada de presente de loja hein? Uma dica: Que tal uma daqueles tuas lindas armações de óculos de graus, que estão ali na gaveta há anos. To super precisando" .

    Ai meu objeto de desejo pro meu aniversário já ta no papo hehehhee. Beijos

    P.S: Já que não vens aqui, que tal um café, com pão light num domingo a tarde na tua casa pra eu te levar uns objetos de desejos. Me convida né? beijinhos

  3. Te admiro muito pelo teu bom gosto e tua opinião! Muitas vezes acho q temos muito em comum (além do sangue)! O mundo precisa de mais mulheres assim como tu ???? um beijao!

    1. Léia Cook

      Oiiiinnnn que coisa mais carinhosa!!! Obrigada Bárbara, vc sempre com palavras doces…bjss e um bom dia pra vc

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